terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lula resgata história de preconceito contra a mulher para pedir votos para Dilma


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resgatou a história de preconceito contra as mulheres para pedir votos a sua candidata presidencial, Dilma Rousseff (PT), na noite desta sexta-feira (20). A estratégia do presidente para ganhar os votos de quem foi a um comício em Osasco, na grande São Paulo, foi dizer que o “Brasil mudou” e que chegou a hora de eleger uma mulher.

Lula tomou o microfone às 22h, pelo menos duas depois do esperado. As primeiras palavras foram suficientes para prender a atenção dos cerca de 10 mil militantes que foram ao local.

Na periferia de Osasco, o presidente invocou o orgulho dos mais pobres e das mulheres enquanto desfilava os números de seu mandato e criticava “os outros” em referência à oposição, representada principalmente pelo PSDB, do candidato presidencial José Serra.

Lula disse que só perdeu outras eleições presidenciais porque os pobres tinham preconceito em votar em alguém tão pobre quanto eles.

- Todo mundo dizia “ele não é doutor, advogado, fazendeiro...”

Ele disse que “quem não sabia falar inglês e espanhol” vai passar para a história como o presidente mais respeitado da história do Brasil.

- É questão de caráter [...] Eu sei de onde eu vim e para onde eu vou voltar.

Lula disse que, ao terminar seu mando, não vai dar aula em universidade, mas “voltar para a minha casa a [alguns] metros do sindicato”.

Com o público já exaltado, foi a vez de Lula pedir votos para Dilma.

O presidente lembrou do histórico preconceito contra as mulheres para dizer que “o Brasil mudou” e que chegou a hora de ser eleita a primeira presidente mulher do país. Lula disse que, há algumas décadas, mulheres que se aventuravam em profissões como aeromoça ou enfermeira acabavam conhecidas como “prostitutas”.

- Mulher era para obedecer, não para mandar. Mas o mundo mudou.

Para concluir, Lula fez uma pergunta ao público.
- Qual é o preconceito contra uma pessoa que perdeu horas e horas ensinando a gente a andar? [...] Não é o homem, é a mulher que dá caráter pra gente.

Fonte: Wanderley Preite Sobrinho, do R7

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