quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Lula critica Folha e afirma ter sido vítima de preconceito da mídia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na última terça-feira (24), que teria sido vítima de preconceito da mídia, que não teria acreditado em sua capacidade de governar. A declaração foi feita durante um discurso realizado na cidade de Campo Grande (MS), e Lula chegou a citar o jornal Folha de S.Paulo como um dos veículos que o teria criticado.
O petista lembrou de um almoço que teve com um diretor do jornal, que havia perguntado ao político se falava inglês. Segundo Lula, ao responder negativamente, o empresário da Folha teria dito: "Como é que você quer governar o Brasil se não fala inglês?"
Sobre o episódio, Lula declarou que as pessoas o consideravam um "subalterno", e que o Brasil, na condição de "país colonizado", teria que ter um representante que falasse inglês. O presidente afirmou, ainda, que terminará o mandato "sem precisar ter almoçado em nenhum jornal, em nenhuma televisão".
O líder brasileiro informou que não faltou com respeito com nenhum veículo de comunicação do país, mas que as empresas não o teriam tratado da mesma forma. "Se dependesse de determinados meios de comunicação, eu teria zero na pesquisa (que mede a satisfação do brasileiro com o governo) e não 80% de bom e ótimo como nós temos nesse país", declarou o presidente.
Segundo a Folha, o almoço teria acontecido em 2002, quando Lula ainda era candidato à presidência da República. O petista teria se encontrado com o diretor de Redação do jornal, Otavio Frias Filho. Ao ser indagado se tinha preparo intelectual para assumir o governo do país, Lula teria se recusado a responder.
O diretor da Folha também havia perguntado sobre a aliança partidária que apoiava a candidatura de Lula, classificada pelo jornalista como "linha auxiliar do malufismo". O petista, novamente, se recusou a responder e foi embora do local.
Frias Filho declarou que o presidente estaria "com a memória ruim" e que teria distorcido o episódio "de propósito". O diretor do jornal afirmou que não questionou Lula se falava ou não inglês, mas, sim, sobre sua estratégia de alianças políticas. O jornalista ainda lembrou que o encontro foi noticiado pelo veículo na época e que não houve reclamações do político.

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