"Enquanto Cáritas [organização de ajudas da Igreja Católica] e POM atuam no socorro humanitário aos atingidos sem qualquer discriminação de proveniência, raça ou religião, em outras áreas os refugiados cristãos, mesmo nesta tragédia, são tratados como cidadãos de segunda categoria", denunciou ele.
"Frequentemente [os cristãos] recebem pouca assistência ou ficam excluídos completamente", declarou o padre à agência católica Fides.
O sacerdote assinalou que a assistência está chegando "com lentidão e dificuldade e que entre os 20 milhões de afetados que lutam para sobreviver há o terror de surtos epidêmicos".
Nesta situação, ocorre uma "guerra entre pobres" para agarrar as ajudas humanitárias ainda insuficientes. E, de acordo com Rodrigues, no mecanismo de distribuição do socorro administrado pelo governo paquistanês os cristãos levam a pior.
"Os refugiados pertencentes às minorias religiosas são os mais abandonados, excluídos, discriminados", acusou ele.
"Os nossos sacerdotes, voluntários, laicos, líderes nas províncias de Punjab, Sindh e Balochistan estão passando pelas áreas atingidas, recolhendo centenas de refugiados cristãos, abandonados à própria sorte, levando-os aos campos da Cáritas e de outras ONGs de inspiração cristã, para garantir a eles a mínima assistência necessária", apontou.
As chuvas que atingiram o Paquistão nas últimas semanas deixaram 20% do território submerso e mataram pelo menos 1.500 pessoas.
Em 20 de junho, no Dia Mundial do Refugiado, o papa Bento XVI chamou a atenção para os cristãos que são vítimas de violência, dizendo que eles "assumem todos os dias a cruz, seja aquela das provas cotidianas, seja aquela das barbáries humanas, que às vezes requer a coragem do extremo sacrifício".
Fonte: O Reporter
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