sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Polêmica: nunca haverá beijo gay nas novelas?

RIO DE JANEIRO - Não há como negar: por mais que o Brasil tenha diversidade cultural e seu povo seja conhecido por ser mais liberal do que em outros países, alguns tabus ainda são complicados de caírem.
Um deles envolve a sexualidade. Ou melhor, a relação homossexual. Na TV e nas novelas isso fica claro. Por mais que personagens gays sejam cada vez mais comuns nas tramas, um simples beijo entre duas pessoas de mesmo sexo ainda não foi exibido. E oportunidades não faltaram.
O autor Aguinaldo Silva aumentou a polêmica, na semana passada. O ti-ti-ti começou no microblog do autor quando o novelista twittou: "Digam o que disserem meus colegas tolinhos eu reafirmo, porque sei de fonte fidedigna: nunca haverá um beijo gay no horário nobre da tevê". Será que ele tem razão?
Os coleguinhas, neste caso, são possivelmente Sílvio de Abreu e Ricardo Linhares, que afirmaram que acreditam que a teledramaturgia da TV Globo já está pronta para encenar um beijo gay. Tais opiniões foram registradas depois que a propaganda eleitoral de um partido político exibiu um beijo entre homossexuais.
A verdade é que vários casais gays já movimentaram as tramas brasileiras, e a expectativa se haveria ou não cena de beijo sempre dividiu a opinião dos telespectadores. Porém, isso nunca aconteceu.... ainda? 
O ator André Gonçalves, que atualmente interpreta o malandro Jair em “Escrito nas Estrelas”, revelou sua opinião ao Famosidades. O ator viveu o homossexual Sandrinho na novela “A Próxima Vítima” e sofreu na pele o preconceito. Ele chegou a ser agredido na rua por causa do personagem. Mas para ele, o fato, apesar de tabu, é que as pessoas têm que se acostumar. “É uma realidade, mas ainda tem censura nos canais. Tem que ser muito trabalhado”, declarou.
Os tempos mudaram, e se há 15 anos as pessoas olhavam para André Gonçalves com certo preconceito, hoje elas estão menos preconceituosas. No ar interpretando o doce Julinho de “Ti-Ti-Ti”, André Arteche declarou que as pessoas têm recebido muito bem o personagem e o tratado com muito carinho nas ruas. O ator, que não teve problema algum em interpretar um homossexual, disse que o papel foi “um presente para um ator novo como ele”.
Divulgação
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Mas em relação à cena polêmica, o ator declarou ao Famosidades: “Não sei se o beijo gay acontecerá ou não, mas no caso do Julinho especificamente talvez esta quebra de tabu não seja o mais importante. A sinceridade com que ele demonstra o seu amor é o ponto chave, e atuando desta forma espero que o público acredite e sinta-se cativado por um personagem homossexual”.
Já a atriz Bárbara Borges - que interpretou Jennifer, personagem homossexual da novela "Senhora do Destino" - acredita que, de fato, a cena jamais será exibida em novelas brasileiras. "De verdade, não acredito que aconteça esse tão falado beijo gay que causou tanta polêmica. Acho pouco provável. Há todo um cuidado com a censura, com o público que está em casa, etc.", declarou a atriz, que chegou a contracenar cenas de "selinho" no folhetim com Eleonora, seu par romântico interpretado por Mylla Christie.
Pode ser que os beijos polêmicos realmente não sejam gravados no Brasil tão cedo, ou nunca, segundo Aguinaldo Silva. Mas nem por isso os telespectadores brasileiros ficarão sem cenas do gênero. A TV paga exibe um festival de cenas entre homossexuais. Desde a mais doce história de amor entre Kevin Walker, interpretado por Matthew Rhys, e Scotty (Luke McFarlane), de “Brothers & Sisters”, até as cenas mais ousadas protagonizadas pelas integrantes de “The L World”, série que retrata o cotidiano nada convencional de um grupo de amigas lésbicas e bissexuais que vivem na cidade de Los Angeles.
Até a série do famoso Dr. Gregory House, interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie, que retrata o dia a dia de um time de médicos num hospital em Nova Jersey, já deu seus toques picantes. Talvez a TV fechada já esteja preparando o terreno, pelo menos essa é a opinião de André Gonçalves. “Espero que estes canais abram a mente das pessoas para esta realidade. E elas comecem a se abrir para as relações humanas”, disse. Para ter certeza, teremos que aguardar as cenas dos próximos capítulos, ou melhor, das próximas novelas. 
Relembre, alguns dos casais gays que fizeram história nas telenovelas. 
Divulgação/TV Globo
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Clara (Aline Moraes) e Rafaela (Paula Picareli) – "Mulheres Apaixonadas" (2003), de Manoel Carlos
Adolescentes, o casal de lésbicas causava polêmica entre os amigos da escola. Clara chegou a ser xingada de “sapatona” por uma colega de sala, mas as duas personagens sobreviveram ao preconceito e chegaram a trocar um selinho na novela.
Divulgação/TV Globo
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Jenifer (Bárbara Borges) e Eleonora (Mylla Christie) – "Senhora do Destino" (2004), de Aguinaldo Silva
O casal revolucionou as cenas entre gays em novelas. As duas chegaram a aparecer seminuas na mesma cama, insinuando que haviam feito sexo. Lutaram contra o preconceito da família e ficaram juntas no final.
Divulgação/TV Globo
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Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) – "América" (2005), de Glória Perez
Júnior vivia o momento em que queria sair do armário, mas temia a reação da mãe. O rapaz encontrou conforto no colo do peão Zeca, com quem assumiu de vez sua homossexualidade. A cena do beijo chegou a ser gravada para o capítulo final. Porém não foi ao ar.
Divulgação/TV Globo
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Bernardinho (Thiago Mendonça) e Carlão (Lugui Palhares) – "Duas Caras" (2008), de Aguinaldo Silva
O casal de namorados conquistou o público, que passou a torcer por um final feliz. Bernardinho era o mais delicado, enquanto Carlão fazia o estilo machão. O relacionamento era conturbado e envolveu algumas idas e vindas.
Divulgação/TV Globo
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Julinho (André Arteche) e Osmar (Gustavo Leão) – "Ti-Ti-Ti" (2010), de Maria Adelaide Amaral
O casal viveu um amor puro e escondido até que um acidente logo no início da trama causou a morte de Osmar separando os pombinhos. Os atores foram muito elogiados pela atuação. No ar, Julinho ganhou o carinho do público que torce para que ele encontre um novo amor.


Denúncia de agressão a crianças brasileiras gera polêmica sobre xenofobia

A polêmica sobre discriminação de estrangeiros nas instituições de ensino da Espanha volta a tona com denúncia de agressão a duas crianças brasileiras em um escola de Madri (Espanha). De acordo com informações do site da BBC Brasil, empresária paulista que há quatro meses mora na Espanha afirmou que seus dois filhos, de 12 e 9 anos, foram alvo de agressões físicas e xingamentos racistas por parte de alunos do colégio por serem estrangeiros.
O caso foi destaque na imprensa espanhola e fez com que o governo da Espanha reconhecesse que estudantes imigrantes são alvo de xenofobia nas escolas do país. A empresária paulista chegou a prestar queixa na polícia, mostrando que a filha sofreu inclusive agressão física durante o recreio, mas nada foi feito. O consulado brasileiro em Madri enviou carta à escola relatando a reclamação da mãe, mas a instituição de ensino não tomou providências.
A denúncia da empresária trouxe de volta ao país a preocupação com casos de xenofobia nas escolas espanholas. Um relatório de especialistas em educação e sociologia confirmou recentemente a situação dos estudantes imigrantes. De acordo com relatório realizado pelo Ministério de Educação no segundo semestre de 2008, há grandes índices de rejeição dos estudantes espanhóis em relação a alunos estrangeiros. Baseado numa pesquisa feita com 23.100 estudantes e seis mil professores do Ensino Fundamental de 300 colégios, a conclusão é de que os alunos espanhóis são pouco tolerantes para com os imigrantes. Quase a metade dos consultados, 46%, diz que prefere não fazer trabalhos escolares com companheiros latino-americanos.

Fonte:  O Diário

Moradores de favela da Argentina criam emissora de TV


Um grupo de moradores da Villa 31, favela localizada no centro de Buenos Aires, Argentina, criou um canal de TV para mostrar os problemas e as necessidades enfrentadas no bairro. O Mundo Villa TV é financiado pela organização não-governamental SOS Discriminação, que apoia outras emissoras comunitárias na Bolívia, Peru e Paraguai.
De acordo com informações da agência EFE, o Mundo Villa TV chega a 1,5 mil famílias da favela, e na estreia, denunciou problemas enfrentados pelos moradores, como falta de energia elétrica e água potável. Além disso, o canal terá um programa voltado para o público jovem, que falará sobre moda.
O diretor do canal e presidente da SOS Discriminação, Víctor Ramos, informou que o bairro há 25 anos abriga cursos de jornalismo, ministrados por estudantes de várias universidades argentinas.
Ainda sem permissão oficial para funcionar, o Mundo Villa TV conta com estúdios e equipes próprias, que produzem o conteúdo do canal, filmes e documentários. A produção das atrações também é feita por jovens do bairro Bajo Flores, que também recebem o sinal de transmissão da emissora.
Ramos declarou, ainda, que pretende se reunir com o jornalista argentino Dante Quinterno, criador da TV ROC da favela da Rocinha (RJ), com a intenção de criar "uma rede de canais de favelas latino-americanas".

China: Sida - Primeira queixa judicial por discriminação

Pequim, 31 ago (Lusa) -- Pela primeira vez, um tribunal da China vai apreciar a queixa de um homem seropositivo que diz ter sido discriminado quando concorreu a um emprego, disse hoje a imprensa oficial.
A queixa é feita contra o Departamento de Educação da cidade de Anqing, na província de Anhui, leste da China, e foi aceite segunda-feira pelo tribunal local, adiantou o jornal China Daily.
O queixoso, um jovem recém licenciado, afirma ter sido preterido num concurso para admissão de professores depois de um exame médico ter revelado que ele era seropositivo.


Projeto Diálogos Necessários discute Intolerância e Preconceito

O terceiro encontro deste ano do projeto Diálogos Necessários, realizado pela Faculdade CEUT, através da coordenação do curso de Comunicação Social, debateu o assunto Intolerância e Preconceito. O tema foi apresentado pelo jornalista e escritor, Irineu Ramos Ribeiro.

O jornalista falou sobre a cobertura dada pela TV à questão da homossexualidade, e como as emissoras ainda se pautam pelo preconceito e pela falta de informação. Segundo Irineu Ramos, é preciso uma melhor qualificação do jornalista. “O jornalista precisa saber a diferença entre sexo e gênero. Como as pessoas querem se ver perante a sociedade, se como homens ou mulheres. A parada gay, por exemplo, é considerada um assunto sem importância pelos meios de comunicação. Não há políticas públicas direcionadas aos homossexuais. Houve uma redução no número e na qualidade do coquetel anti-Aids, as campanhas pelo uso de preservativo foram reduzidas e há um crescimento no número de soropositivos. Estas informações não estão sendo divulgadas pela imprensa”, O jornalista, ainda, fez o lançamento do seu livro intitulado “A TV no Armário”.

O evento contou também, com a posse e apresentação da nova diretoria da Agência de Comunicação Júnior do CEUT – AGECOM e da INOVE – Agência Júnior do CEUT, além da homenagem à professora doutora Jacqueline Dourado, idealizadora do projeto Diálogos Necessários.

O projeto Diálogos Necessários objetiva o debate de temas relevantes à ampliação dos campos de estudos associados à comunicação, ampliando os horizontes da esfera acadêmica e despertando a pesquisa científica para estudos mais aprofundados.


Fonte: 45 Graus

Fidel assume culpa pela onda homofóbica em Cuba há 50 anos

HAVANA (Reuters) - O ex-presidente cubano Fidel Castro assumiu a culpa pela onda homofóbica empreendida por seu governo há quase cinco décadas, quando marginalizou os homossexuais e os enviou a campos de trabalho agrícolas forçados, acusando-os de serem "contrarrevolucionários", disse ele ao jornal mexicano La Jornada. 
Fidel afirmou na segunda parte de uma entrevista publicada nesta terça-feira que é o principal responsável pela perseguição aos homossexuais na ilha há 50 anos e lamentou não ter corrigido essa falha por estar envolvido na defesa do país.
"Sim, foram momentos de grande injustiça, uma grande injustiça! Fomos nós que fizemos, fomos nós... Estou tentando diminuir minha responsabilidade em tudo isso, porque, pessoalmente, eu não tenho esse tipo de preconceito", acrescentou.
"Escapar da CIA, que comprava tantos traidores, às vezes entre pessoas próximas, não era coisa fácil. Mas, no fim, de todas as formas, se tem que assumir a responsabilidade, assumo a minha. Não vou jogar a culpa nos outros", afirmou.
Fidel, que acaba de completar 84 anos, reapareceu em público no começo de julho, após quatro anos de reclusão recuperando-se de uma doença.
Na segunda-feira, ele tinha dito, na primeira parte da entrevista ao La Jornada, que chegou a perder a vontade de viver, mas que hoje se sente ressuscitado e com muito por fazer.
O líder cubano nunca revelou qual foi a doença intestinal que o obrigou a transferir o poder a seu irmão Raúl em 31 de julho de 2006 e que classificou, no passado, como um segredo de Estado.
"Pense você em como eram os nossos dias nos primeiros meses da revolução: a guerra com os ianques, a questão das armas e, quase simultaneamente a eles, os planos de atentado contra minha pessoa", afirmou. Mas ele reiterou: "Se alguém é responsável, sou eu", disse, sobre o preconceito aos homossexuais.
Desde a década de 1990, o homossexualismo vem sendo mais tolerado na ilha, inclusive por militantes do Partido Comunista, ainda que os homossexuais não tenham parado completamente de receber o assédio da polícia.
A psicóloga cubana Mariela Castro Espín, filha do presidente Raúl Castro, converteu-se em uma defensora das minorias sexuais, promovendo, nos últimos anos, cirurgias de mudança de sexo e o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo.
"Estou preparando uma carta para a direção do PCC (Partido Comunista de Cuba), onde estou solicitando que essas pessoas (homossexuais) não sejam discriminadas pela sua orientação sexual ou orientação de gênero", afirmou Mariela em declarações à imprensa nos últimos meses.

Fonte: O Globo
(Reportagem de Nelson Acosta)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pastor detido por racismo diz que foi discriminado

O pastor evangélico Petrônio Alves Silva, que é negro e foi acusado de racismo por uma atendente da TAM Linhas Aéreas, na manhã de hoje (29), no Aeroporto Júlio Cezar, em Belém, afirma que teria sido vítima de discriminação por parte da funcionária. O crime de racismo ou discriminação é inafiançavel e pode render uma pena de até 5 anos de cadeia.
Blenda Ribeiro prestou depoimento à delegada Ana Guedes, que conduziu o caso na delegacia do aeroporto. Em seu depoimento, ela relatou que realizava o checking de Petrônio Silva para o voo das 6h que faz a rota Belém-Brasília.  Logo no início do atendimento, o pastor teria ficado visivelmente aborrecido, pois o documento que apresentou não era válido como identificação e deveria apresentar outro.
Quando a funcionária pesou a mala de Silva e constatou que o peso máximo permitido fora excedido e comunicou ao pastor que ele deveria pagar pelo excesso, Petrônio Silva se aborreceu mais ainda e teria chamado-a de “neguinha folgada”.
Blenda se sentiu constrangida e comunicou o fato à Polícia Federal, que deu voz de prisão ao pastor. Ele chegou a pedir desculpas à moça, mas ela não aceitou e decidiu realizar todo o procedimento previsto em lei.
ARREPENDIDO

À reportagem do DIÁRIO, Petrônio afirmou que estava arrependido de seu comportamento. Segundo ele,  também teria havido discriminação por parte da moça, que estava atendendo-o de 'mal gosto'. “Ela sequer me deu bom dia”, reclamou.  Ele nega, no entanto, que tenha ofendido Blenda, e afirma que testemunhas podem provar isso.
Um funcionário da companhia testemunhou a favor de Blenda. Dois passageiros que faziam checking para o mesmo voo do pastor também confirmaram a versão da atendente, mas deixaram apenas seus contatos e não puderam testemunhar porque embarcaram no avião.
Petrônio Alves Silva foi autuado por crime de racismo e pode pegar de um a dois anos de prisão. Ele foi encaminhado ao Centro de Perícia Científicas "Renato Chaves" para fazer a exane de corpo de delito e depois seguirá para um presídio com cela especial, pois possui nível superior completo.
A LEI
A Constituição de 1988, em seu art. 5º (inc. XLII), passou a considerar a prática do racismo como crime inafiançável e imprescritível. Com alterações feitas em 1989 e 1995, a lei atual pune com penas de dois a até cinco anos de reclusão, além das multas, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, de cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Nayara Ferraz, Diário Online

MC Leonardo, da Apafunk, comemora primeiro baile em favela pacificada

Quem frequenta bailes funks ou acompanha a luta dos músicos contra o preconceito conhece o MC Leonardo. Presidente da Associação de Amigos e Profissionais do Funk, ele batalha há anos para que o ritmo seja disassociado da violência.
Com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), os bailes foram proibidos. As exigências feitas pela Secretaria estadual de Segurança para autorizar eventos públicos também passaram a ser cobradas nas favelas.
- O jovem precisa ter uma opção de diversão barata, perto de onde ele mora. O baile do Tabajaras será o modelo, mas, por enquanto, queremos que aqui seja um modelo de sucesso. Só depois vamos pensar em outras.


Power Ranger azul sofreu preconceito na série por ser gay


O ator David Yost, conhecido por interpretar o Power Ranger azul na série de TV, assumiu sua homossexualidade durante uma entrevista num evento na Flórida, o Anime Festival Orlando, que reúne, anualmente, fãs e admiradores da cultura japonesa. Ele aproveitou para explicar porque abandonou a série de forma precoce.
Na série, o ator interpretou Billy Cranston, o Power Ranger azul, entre 1993 e 1996, além de repetir o papel em um filme de 1995. Ele saiu da série no final da 4ª temporada, após ver seu papel ser bastante reduzido, assim como seu salário.
Segundo Yost, ele decidiu sair do seriado por conta própria, já que era alvo de piada por boa parte dos produtores. “Eu era chamado de ‘bicha’ muitas vezes pelos criadores, produtores, roteiristas e diretores”, afirma. “Por isso resolvi sair”.
O ator ficou deprimido após sofrer humilhações por parte da própria produção de “Power Rangers” e até cogitou a possibilidade de se suicidar. Na época em que deixou a atração, o programa estava no auge, com possibilidades de ir para os cinemas e contratos assinados para futuras temporadas. Mesmo assim, ele preferiu sair, pensando em sua vida.
Após deixar “Power Rangers”, Yost praticamente não trabalhou mais na indústria do entretenimento. Neste ano, ele deve fazer o seu retorno no filme “Degenerate”.

INDONÉSIA: CRISTÃOS, BUDISTAS E MUÇULMANOS EXIGEM TOLERÂNCIA

Jacarta, 27 ago (RV) – Líderes cristãos, budistas e muçulmanos encontraram-se com extremistas islâmicos, para restaurar a tolerância e a liberdade de culto na Indonésia.

Ativistas do diálogo inter-religioso organizaram um encontro, nesta quinta-feira, em Jacarta, entre o ex-chefe da Nahdlatul Ulama (NU) a maior organização muçulmana moderada no país, Kiai Hajj Hasyim Muzadi, e o líder do Islamic Defender Front (FDI), um grupo extremista islâmico, Habib Rizieq.

Nos últimos dois meses, aumentaram, consideravelmente, os episódios de intolerância religiosa na Indonésia, sobretudo, em Bekasi e Bogor, onde duas comunidades cristãs foram atacadas mais de uma vez, e as funções religiosas foram interrompidas por multidões de radicais muçulmanos.

Também os bispos católicos pedem a restauração do clima de liberdade religiosa. De fato, numa carta endereçada ao Presidente Susilo Bambang Yudhoyono, os prelados pedem que ele demonstre coragem e imponha que se respeite a liberdade de culto.

No encontro desta quinta-feira, Muzadi disse a Rizieq: "Todos nós, indonésios, devemos restabelecer o espírito de tolerância, para consolidar o pluralismo neste país. O espírito de tolerância não deveria ser destruído por ninguém!"

Habib Rizieq – o líder radical muçulmano – rejeitou, todavia, as acusações de intolerância, afirmando que o Islamic Defender Front não quer impedir os cristãos de professarem a própria fé. "O que aconteceu em Bekasi, com os fiéis das comunidades cristãs, nada tem a ver com a profissão de fé, mas sim com problemas legais, pois lhes falta a permissão para construir suas igrejas" – disse Rizieq. 


Fonte: Rádio Vaticano

Estado de São Paulo é condenado por racismo institucional

S. Paulo - O Estado de S. Paulo acaba de ser condenado pela Justiça pela prática do crime de racismo cometido por uma professora da rede pública da Escola Estadual Francisco de Assis, no Ipiranga. Em sentença do dia 10 deste mês, só agora tornada pública, a 5ª Vara da Fazenda Pública considerou que a professora utilizou texto de conteúdo racista em sala de aula e condenou o Estado ao pagamento de R$ 20,4 mil por danos morais à família do estudante.


Sem qualquer razão, uma vez que o processo não tramita em segredo de Justiça, o nome da professora é mantido sob sigilo, o que só tem ocorrido em casos de crimes de racismo. A Afropress ligou para a direção da Escola pedindo informações sobre a identidade da agressora, porém, a diretora e professores que atenderam – de nomes Sônia e Vera – disseram não ter autorização para revelar a identidade, embora lembrassem do caso. “O senhor tem de falar com a Coordenodoria de Ensino”, informaram.

A Afropress também ligou para a Secretaria de Educação e para a professora Roseli de Oliveira, Coordenadora de Políticas para as Populações Negra e Indígena da Secretaria da Justiça, que recomendou fosse encaminhada solicitação por escrito. Até a postagem dessa edição, não tinham sido respondidas as duas perguntas encaminhadas: 1 – nome da professora, uma vez que o processo que tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública não tramita em segredo de Justiça: 2 – quais as medidas que o Estado vai tomar, por meio da Procuradoria Geral do Estado, e se entre elas está a ação para que o custo da condenação não seja pago pelos contribuintes.

A sentença é do dia 10 deste mês e a Procuradoria Geral do Estado ainda não decidiu se vai recorrer, ainda que, por imposição legal, o Procurador do Estado é obrigado a recorrer em casos de condenação do Estado. Fontes da Procuradoria, contudo, informaram que, extraordinariamente, o procurador Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo (foto) pode pedir ao procurador geral do Estado que poderia decidir pela dispensa do recurso.

Pedagogia racista

O caso aconteceu em 2002, quando a professora passou uma atividade baseada no texto “Uma família Colorida”, escrito por uma ex-aluna do Colégio. Na redação cada personagem era representado por uma cor. O homem mau da história, que tentativa roubar as crianças da família, era negro.

Por causa disso, o garoto, que na época tinha sete anos, passou a apresentar problemas de relacionamento e queda na produtividade escolar. O menino, hoje com 15 anos, acabou sendo transferido de escola. Laudos juntados ao processo apontam que ele desenvolveu um quadro de fobia em relação ao ambiente escolar.

Caso Simone Diniz
Em 2007, em decisão inédita a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, condenou o Brasil, em caso similar de racismo institucional também praticado pelo Estado de S. Paulo, ao recusar-se a apurar o caso de racismo contra a doméstica Simone Diniz. Por conta da condenação, o Estado – por meio de projeto enviado pelo então governador José Serra, e aprovado pela Assembléia Legislativa – pagou R$ 36 mil à título de indenização.


Defesa
Na defesa, a Secretaria da Educação, alegou que não houve má fé ou dolo na ação da professora, porém, o juiz entendeu que o caso configurou uma situação de racismo. “A atividade aplicada não guarda compatibilidade com o princípio constitucional de repúdio ao racismo’, afirma a sentença.

O valor da condenação corresponde a 20 salários mínimos para o aluno e 10 salários mínimos para cada um dos pais. O pedido de danos materiais foi negado por falta de comprovação. A solicitação de recolhimento do livro que continha o texto foi desconsiderada, pois a rede não usa o material. 

Segundo pesquisa da UNESCO o racismo afeta o desempenho escolar de negros no Brasil. A média dos brancos no 3.º ano do ensino médio é 22,4 pontos mais alta que dos negros (na escala de 100 a 500 do Saeb). Mesmo quando se leva em consideração a classe social, as diferenças se mantêm. Na classe A, 10,3% dos brancos tiveram avaliação crítica e muito crítica no Saeb. Entre os negros, foram 23,4%.


Fonte:ACCA

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Preconceito

Preconceito

Leis anti-discriminação


O Brasil possui leis específicas para situações de discriminação. Conheça algumas:
Lei anti-discriminação contra pessoas com deficiência
A Lei 7.853/89 – de 24 de outubro de 1989 – tem como finalidade dispor apoio às pessoas portadoras de deficiências, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. A Lei foi decretada e sancionada pelo então presidente José Sarney, que estabeleceu a igualdade de tratamento, justiça social, respeito.
Lei anti-discriminação contra origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, idade e sexo
A lei 9.029/95 de 13 de abril de 1995, assinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso proíbe qualquer tipo de distinção e discriminação. Ela coibe a exigência de atestados de gravidez, esterilização e outras práticas discriminatórias para efeito de admissão ou permanência da relação jurídica de trabalho. A pena para quem comete esse tipo de crime é de 1 a 2 anos de detenção e multa.
Lei anti-discriminação contra raça e cor
O objetivo da Lei 7.716/89 é punir crimes de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião, ou procedência nacional. Em muitos casos, cabe a empresas que discriminam seus funcionários entre si. Vale também para os estabelecimentos comerciais que se negam a atender, receber ou servir alguém motivados pela discriminação ou preconceito. A pena para esse crime é de 2 a 5 anos.
Fonte: Band - A Liga
Redatora: Cristiane Andrade

Agressão a taxista muçulmano é denunciada como racismo em Nova York

NOVA YORK — A agressão contra um taxista muçulmano em Nova York foi denunciada nesta quarta-feira como um ato racista por organizações de defesa dos direitos humanos.
Ahmed Sharif, 43 anos, "teve cortes no pescoço, ombros e rosto ao ser atacado por um passageiro que antes havia lhe perguntado se era muçulmano", revelaram os organismos.
O agressor, um homem de 21 anos, foi preso e acusado de "tentativa de assassinato" e "crime de ódio", termo utilizado para os casos de agressão racista ou contra homossexuais.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, revelou ter conversado como o taxista "para garantir que sua religião ou etnia não representa qualquer diferença em nossa cidade".
"Estou muito triste. Vivo aqui há 25 anos, estou nos taxis há 15 e meus quatro filhos nasceram neste lugar. Jamais tinha vivido tal sentimento de insegurança", declarou Ahmed Sharif.
A "Coalizão de Nova York contra a islamofobia" denunciou "a tendência crescente ao ódio contra os muçulmanos em Nova York e no resto dos Estados Unidos", que se manifesta, em particular, "em torno da polêmica gerada pelo projeto do centro cultural islâmico próximo à Marco Zero".

EUA tem ato neonazi anti-imigração e a favor de uma "nação puro sangue branco'"


No meio da tarde, centenas de neonazistas e racistas da Ku Klux Klan marcham empunhando suásticas no centro de Knoxville, Tennessee. Não, não estamos na era da segregação. O evento está marcado para hoje.

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O partido neonazista Movimento Nacional Socialista (NSM, na sigla em inglês) e os ultrarradicais da KKK --grupo que cometeu uma série de assassinatos e atrocidades contra negros no século passado, quando lutava contra o fim da segregação e o movimento de direitos civis-- embarcaram juntos na onda do movimento anti-imigração que se espalha em solo americano, participando de uma série de atos pelo endurecimento das leis contra ilegais.
O tema da imigração não é novidade para os dois grupos, mas os holofotes crescentes induziram a um aumento no número de marchas nos últimos meses.
Só neste ano, o NSM afirma já ter feito cerca de 15 protestos em várias cidades americanas.
Para a marcha marcada para 15h de hoje em Knoxville (16h em Brasília), a expectativa é de 350 participantes.
Se a penetração não é significativa em termos populacionais, as ações chocam pela tranquilidade com que se pregam o racismo e a segregação à luz do dia, em pleno século 21. E chamam atenção no momento em que o debate sobre o que é "ser americano" esquenta.
"Não toleramos a invasão estrangeira de nosso país. Devolver os "criminosos" a seus países é a única coisa que aceitaremos", diz o NSM.
PURO SANGUE BRANCO
Imigrantes indocumentados não são os únicos que o partido quer "devolver". O principal objetivo do NSM é criar uma "nação de puro sangue branco", em que apenas arianos de ascendência europeia seriam cidadãos.
O resto --negros, latinos, asiáticos etc.-- seria enviado para a África, América Latina ou onde quer que os arianos julguem ser seu lugar.
Charles Wilson, porta-voz do NSM, manifestou vontade inclusive de deportar esta repórter. "Você não prefere voltar a seu país e ser governada por sua própria gente?"
O NSM também se disse "satisfeito" em anunciar que haverá uma cerimônia de hasteamento de suásticas.
"O que eu digo para quem critica a suástica é: vá estudar", disse Wilson. "É um símbolo religioso, é como colocar uma cruz na rua. É muito anterior a Hitler."
Não que tal associação seja um problema. O NSM diz que Hitler "estava certo em muitas coisas".