terça-feira, 12 de abril de 2011

ONDE VOCÊ GUARDA SEU RACISMO?


terça-feira, 22 de março de 2011

Governo de São Paulo lança projeto contra racismo

SÃO PAULO – O governo do estado de São Paulo lançou nesta segunda-feira (21) um projeto contra o racismo que permitirá que 47 prefeituras paulistas passem a receber denúncias de discriminação racial. Os casos serão encaminhados pelos municípios à secretaria estadual de Justiça e Defesa da Cidadania, que fará o acompanhamento dos boletins de ocorrência. Hoje, apenas na capital paulista é possível relatar os casos à secretaria.

“Eu fico feliz em incluir aqui 47 municípios, hoje, como nossos parceiros para descentralizar e agilizar a Justiça, para punir qualquer tipo de racismo no estado de São Paulo e, principalmente, ter uma atitude e agenda positiva, no sentido da educação, da cultura", afirmou o governador Geraldo Alckmin.

O programa, denominado São Paulo contra o Racismo, também prevê que o Procon estadual elabore material educativo, distribua vídeos sobre o tema e averigúe as reclamações de discriminação nas relações de consumo.

O programa também engloba ações do Instituto de Terras de São Paulo (Itesp), que iniciará estudos para o reconhecimento das comunidades quilombolas de Peropava, em Registro (SP), Fazenda Ubatuba, em Ubatuba (SP), e Piririca e Praia Grande, em Iporanga (SP).

Entre as ações, também está previsto tornar obrigatório nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, tanto públicos quanto privados, a matéria sobre História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.



Fonte: Diário Comércio Industrial

Discriminação em estabelecimentos comerciais


Ultimamente, relatos de pessoas perseguidas e/ou agredidas em estabelecimentos comerciais, em função de sua cor de pelé ou aparente situação sócio-econômica, têm sido comuns. Nesses casos, as notícias de maior repercussão envolvem grandes redes de supermercados, mas passam de meros exemplos do que se vê todos os dias, seja em uma gigante magazine, seja na vendinha da esquina. Dizer que não há preconceito racial no Brasil não passa de uma grande hipocrisia.

Um caso emblemático envolveu o vigilante Januário Alves Santana, que, em agosto de 2009, foi brutalmente agredido no estacionamento do supermercado Carrefour, em Osasco, por seguranças terceirizados. Santana foi acusado de estar roubando um automóvel, um EcoSport de cor prata, e por isso foi submetido a sofrimento físico e mental a fim de obter a confissão. Os seguranças terceirizados não acreditaram que o carro, comprado em 72 prestações de pouco menos de R$790,00, era dele. Alegavam que era impossível um neguinho ter um EcoSport .
Na sessão de tortura, que durou aproximadamente 20 minutos, Santana foi agredido com cabeçadas, coronhadas, socos e tentativas de esganadura que resultaram em fraturas na face, na perda de um dente e na necessidade de uma cirurgia no maxilar. Depois de um escândalo como esse, a rede de supermercados rapidamente publicou nota comunicando que a empresa de segurança e a gerência foram substituídos e que um pedido formal de desculpas foi feito. Em 2010, houve um acordo extrajudicial em que Santana recebeu uma indenização cujo valor não pôde ser divulgado.
Este triste episódio de racismo foi apontado por entidades de Direitos Humanos como exemplo de intolerância contra negros no país. Na época do ocorrido, a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) divulgou nota de repúdio, através da Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminatórios (CONAD), e apontou que "é necessário que a sociedade repudie todo tipo de intolerância racial, especialmente quando o ato de racismo busca fazer a associação entre o componente étnico e o banditismo".
A princípio a Polícia Civil tratou o caso como lesão corporal dolosa, mas conforme a investigação avançou, a tipificação foi alterada. Após um ano e meio de inquérito, cinco seguranças envolvidos no espancamento foram indiciados por tortura. O indiciamento é considerado inédito entre os casos de discriminação racial no Brasil. Há ainda um sexto participante que impetrou habeas corpus e, de acordo com o delegado responsável, resta apenas a decisão judicial a respeito dessa ação para conclusão do inquérito.
Em mais de 1,2 mil processos judiciais de discriminação racial analisados pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), entre 1997 e 2010, não há sequer um caso de inquérito policial baseado na lei federal n. 9.455/97, Lei da Tortura. De acordo com Hédio Silva Junior, ex-secretário de Justiça de São Paulo e membro do CEERT, o caso é emblemático e sinaliza que as autoridades começaram a reconhecer a gravidade dos casos de racismo e das o tratamento merecido a eles. Não foi constrangimento ilegal nem lesão corporal dolosa. Foi tortura. .
No indiciamento são citados três policiais militares que, supostamente, atenderam a presumida ocorrência de roubo de veículo e negligenciaram prestação de socorros a Santana após a agressão. A Polícia Militar abriu procedimento interno para apurar as acusações contra os agentes.
O fato de os seguranças de empresa terceirizada terem torturado o vigilante é, em si, absurdo. A situação fica pior ainda quando se percebe que a motivação para supor que Santana estivesse roubando o automóvel e agredi-lo foi o simples fato de ele ser negro. Este não foi o primeiro nem vai ser o último episódio do gênero. Infelizmente. Há ainda muitos outros casos de violência e desproporcional tratamento a pessoas suspeitas de furtar itens; situações em que o indivíduo torna-se um suspeito padrão por conta de sua cor de pelé ou por parecer ter condições de vida mais humildes.
Um dos exemplos de abuso ocorreu com Franciely Marques que, mesmo depois de ter apresentado o comprovante de pagamento, foi acusada injustamente de ter furtado duas canetas em uma loja da rede Sendas, no Rio de Janeiro. A vítima foi indenizada.
Outra cena de tratamento extremamente desproporcional foi vivenciada por Ademir Perano, o qual furtou coxinhas, pães de queijo e creme de cabelo, itens que somavam o valor de R$26,00. O delito foi praticado em um mercado da empresa Dia%, em São Carlos. Perano foi conduzido a um banheiro, onde foi agredido com chutes, socos e um rodo e ficou trancado até às 22h. Buscou socorro, mas não foi suficiente: morreu por causa de hemorragia interna e uma série de traumatismos.
Em maio de 2010, o aposentado Domingos da Conceição dos Santos tentou entrar em uma agência bancária e foi baleado na cabeça. A porta giratória emitiu sinal de alerta porque o cliente usava marca-passo; ele mostrou o documento que comprovava o uso do aparelho e, mesmo assim, o segurança não o deixou entrar. Os dois discutiram até que o segurança sacou a arma e efetuou um disparo que atingiu a cabeça de Santos. Na época, a família alegou que o aposentado fora vítima de racismo.
Outro caso de racismo que está sendo investigado pela polícia ocorreu em janeiro deste ano. Um menino de apenas 11 anos alegou ter sido conduzido a uma salinha nos fundos de um Hipermercado Extra, em São Paulo, quando se dirigia à saída do estabelecimento. O garoto foi abordado pelos seguranças e acusado de ter furtado os biscoitos, salgadinhos e refrigerantes que levava consigo. Na referida sala reservada, segundo relato do menino, foi obrigado a tirar as roupas e chamado denegrinho sujo e fedido . Depois de revistar e insultar a criança, os seguranças verificaram a nota fiscal que comprovava a compra dos itens no valor de R$14,65. Não acreditavam que eu não tinha roubado nada, conta o menino.
Mais recentemente, em fevereiro, a dona de casa Clécia Maria da Silva teve uma crise de hipertensão e quase sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) depois de ter sido acusada de furto e ter sua bolsa revistada em uma unidade da rede Walmart. Mais uma vez, a vítima tinha como comprovar que pagou pelos produtos. De acordo com Silva, a pessoa que a revistou teria dito que isso acontece mesmo com os pretos . O ocorrido foi registrado como calúnia.
Não só pelos lamentáveis exemplos expostos acima, é fácil perceber que o preconceito racial ainda está fortemente arraigado à sociedade brasileira. De tal forma que gera uma estigmatização social, a qual exerce, inclusive, forte influência sobre escolhas relativas à política criminal. Como visto, na esfera da segurança privada, essa estigmatização também interfere na determinação de quem será o suspeito padrão, aquele que, inconscientemente até, passará a ser monitorado ao entrar em algum estabelecimento comercial. Mas, evidentemente, esse tipo de atitude não é exclusivo de ambientes como os mencionados; está em todos os lugares, parte de pessoas das mais diversas etnias, condições sócio-econômico-culturais, orientações políticas e independe de gênero, faixa etária ou opção sexual.
Frente aos escândalos que apontam para condutas racistas, as empresas que levam os nomes dos locais onde acontecerem episódios vergonhosos como os expostos aqui logo asseguram colaborar no que puderem e anunciam a implementação de ações que auxiliem na difusão de conceitos de diversidade e promoção da inclusão social. O que já significa alguma coisa, mas não é suficiente. Admitindo ou não, no Brasil há, ainda, significativa discriminação e, para que cenas como estas não se repitam, é preciso mudar não só o treinamento de empregados que trabalham com vendas, segurança ou prestação de serviços, mas extinguir certos pré-conceitos, certas pré-disposições da sociedade como um todo.
Fonte: JusBrasil

Câmara Municipal de Rio Claro apoia debate contra a homofobia


O preconceito e aversão aos gays ainda são existentes em todo o mundo; em alguns países, o homossexualismo é considerado crime, com rígidas penalizações. Os motivos para tanta violência foram os conceitos formados e difundidos de maneira errônea e transmitidos desde a existência do ser humano.

Entender a orientação sexual foi e ainda é uma tarefa complexa para algumas pessoas. A palestra ocorrida na sexta-feira, dia 18, no Salão Nobre da Câmara Municipal sobre mulher e homofobia, elaborada pela vice-presidente da ONG Visibilidade LGBT de São Carlos, Phamela Godoy, traçou um perfil sobre os motivos socioculturais que levam as pessoas a terem homofobia e como combater esses preconceitos.

O evento fez parte da programação da Semana da Mulher e contou com a participação de jovens deRio Claro que integram o Movimento LGBT e de outras cidades da região, representantes da sociedade civil, da Assessoria de Juventude de Rio Claro e da vereadora Raquel Picelli, coordenadora da programação da Semana da Mulher.

A vereadora Raquel Picceli iniciou a palestra destacando a importância da realização de debates sobre o tema para a conscientização da população para o fim da homofobia . “Em muitos casos, as pessoas têm dificuldade de entender os homossexuais”. Ela informou que a bancada feminina do Legislativo tem mais contato com relatos de homofobia e que procuram encontrar mecanismos para combater o preconceito e a intolerância.


Valério vence preconceito, vira Laleska e sonha ser primeiro travesti árbitro profissional


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Polêmica: nunca haverá beijo gay nas novelas?

RIO DE JANEIRO - Não há como negar: por mais que o Brasil tenha diversidade cultural e seu povo seja conhecido por ser mais liberal do que em outros países, alguns tabus ainda são complicados de caírem.
Um deles envolve a sexualidade. Ou melhor, a relação homossexual. Na TV e nas novelas isso fica claro. Por mais que personagens gays sejam cada vez mais comuns nas tramas, um simples beijo entre duas pessoas de mesmo sexo ainda não foi exibido. E oportunidades não faltaram.
O autor Aguinaldo Silva aumentou a polêmica, na semana passada. O ti-ti-ti começou no microblog do autor quando o novelista twittou: "Digam o que disserem meus colegas tolinhos eu reafirmo, porque sei de fonte fidedigna: nunca haverá um beijo gay no horário nobre da tevê". Será que ele tem razão?
Os coleguinhas, neste caso, são possivelmente Sílvio de Abreu e Ricardo Linhares, que afirmaram que acreditam que a teledramaturgia da TV Globo já está pronta para encenar um beijo gay. Tais opiniões foram registradas depois que a propaganda eleitoral de um partido político exibiu um beijo entre homossexuais.
A verdade é que vários casais gays já movimentaram as tramas brasileiras, e a expectativa se haveria ou não cena de beijo sempre dividiu a opinião dos telespectadores. Porém, isso nunca aconteceu.... ainda? 
O ator André Gonçalves, que atualmente interpreta o malandro Jair em “Escrito nas Estrelas”, revelou sua opinião ao Famosidades. O ator viveu o homossexual Sandrinho na novela “A Próxima Vítima” e sofreu na pele o preconceito. Ele chegou a ser agredido na rua por causa do personagem. Mas para ele, o fato, apesar de tabu, é que as pessoas têm que se acostumar. “É uma realidade, mas ainda tem censura nos canais. Tem que ser muito trabalhado”, declarou.
Os tempos mudaram, e se há 15 anos as pessoas olhavam para André Gonçalves com certo preconceito, hoje elas estão menos preconceituosas. No ar interpretando o doce Julinho de “Ti-Ti-Ti”, André Arteche declarou que as pessoas têm recebido muito bem o personagem e o tratado com muito carinho nas ruas. O ator, que não teve problema algum em interpretar um homossexual, disse que o papel foi “um presente para um ator novo como ele”.
Divulgação
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Mas em relação à cena polêmica, o ator declarou ao Famosidades: “Não sei se o beijo gay acontecerá ou não, mas no caso do Julinho especificamente talvez esta quebra de tabu não seja o mais importante. A sinceridade com que ele demonstra o seu amor é o ponto chave, e atuando desta forma espero que o público acredite e sinta-se cativado por um personagem homossexual”.
Já a atriz Bárbara Borges - que interpretou Jennifer, personagem homossexual da novela "Senhora do Destino" - acredita que, de fato, a cena jamais será exibida em novelas brasileiras. "De verdade, não acredito que aconteça esse tão falado beijo gay que causou tanta polêmica. Acho pouco provável. Há todo um cuidado com a censura, com o público que está em casa, etc.", declarou a atriz, que chegou a contracenar cenas de "selinho" no folhetim com Eleonora, seu par romântico interpretado por Mylla Christie.
Pode ser que os beijos polêmicos realmente não sejam gravados no Brasil tão cedo, ou nunca, segundo Aguinaldo Silva. Mas nem por isso os telespectadores brasileiros ficarão sem cenas do gênero. A TV paga exibe um festival de cenas entre homossexuais. Desde a mais doce história de amor entre Kevin Walker, interpretado por Matthew Rhys, e Scotty (Luke McFarlane), de “Brothers & Sisters”, até as cenas mais ousadas protagonizadas pelas integrantes de “The L World”, série que retrata o cotidiano nada convencional de um grupo de amigas lésbicas e bissexuais que vivem na cidade de Los Angeles.
Até a série do famoso Dr. Gregory House, interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie, que retrata o dia a dia de um time de médicos num hospital em Nova Jersey, já deu seus toques picantes. Talvez a TV fechada já esteja preparando o terreno, pelo menos essa é a opinião de André Gonçalves. “Espero que estes canais abram a mente das pessoas para esta realidade. E elas comecem a se abrir para as relações humanas”, disse. Para ter certeza, teremos que aguardar as cenas dos próximos capítulos, ou melhor, das próximas novelas. 
Relembre, alguns dos casais gays que fizeram história nas telenovelas. 
Divulgação/TV Globo
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Clara (Aline Moraes) e Rafaela (Paula Picareli) – "Mulheres Apaixonadas" (2003), de Manoel Carlos
Adolescentes, o casal de lésbicas causava polêmica entre os amigos da escola. Clara chegou a ser xingada de “sapatona” por uma colega de sala, mas as duas personagens sobreviveram ao preconceito e chegaram a trocar um selinho na novela.
Divulgação/TV Globo
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Jenifer (Bárbara Borges) e Eleonora (Mylla Christie) – "Senhora do Destino" (2004), de Aguinaldo Silva
O casal revolucionou as cenas entre gays em novelas. As duas chegaram a aparecer seminuas na mesma cama, insinuando que haviam feito sexo. Lutaram contra o preconceito da família e ficaram juntas no final.
Divulgação/TV Globo
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Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) – "América" (2005), de Glória Perez
Júnior vivia o momento em que queria sair do armário, mas temia a reação da mãe. O rapaz encontrou conforto no colo do peão Zeca, com quem assumiu de vez sua homossexualidade. A cena do beijo chegou a ser gravada para o capítulo final. Porém não foi ao ar.
Divulgação/TV Globo
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Bernardinho (Thiago Mendonça) e Carlão (Lugui Palhares) – "Duas Caras" (2008), de Aguinaldo Silva
O casal de namorados conquistou o público, que passou a torcer por um final feliz. Bernardinho era o mais delicado, enquanto Carlão fazia o estilo machão. O relacionamento era conturbado e envolveu algumas idas e vindas.
Divulgação/TV Globo
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Julinho (André Arteche) e Osmar (Gustavo Leão) – "Ti-Ti-Ti" (2010), de Maria Adelaide Amaral
O casal viveu um amor puro e escondido até que um acidente logo no início da trama causou a morte de Osmar separando os pombinhos. Os atores foram muito elogiados pela atuação. No ar, Julinho ganhou o carinho do público que torce para que ele encontre um novo amor.


Denúncia de agressão a crianças brasileiras gera polêmica sobre xenofobia

A polêmica sobre discriminação de estrangeiros nas instituições de ensino da Espanha volta a tona com denúncia de agressão a duas crianças brasileiras em um escola de Madri (Espanha). De acordo com informações do site da BBC Brasil, empresária paulista que há quatro meses mora na Espanha afirmou que seus dois filhos, de 12 e 9 anos, foram alvo de agressões físicas e xingamentos racistas por parte de alunos do colégio por serem estrangeiros.
O caso foi destaque na imprensa espanhola e fez com que o governo da Espanha reconhecesse que estudantes imigrantes são alvo de xenofobia nas escolas do país. A empresária paulista chegou a prestar queixa na polícia, mostrando que a filha sofreu inclusive agressão física durante o recreio, mas nada foi feito. O consulado brasileiro em Madri enviou carta à escola relatando a reclamação da mãe, mas a instituição de ensino não tomou providências.
A denúncia da empresária trouxe de volta ao país a preocupação com casos de xenofobia nas escolas espanholas. Um relatório de especialistas em educação e sociologia confirmou recentemente a situação dos estudantes imigrantes. De acordo com relatório realizado pelo Ministério de Educação no segundo semestre de 2008, há grandes índices de rejeição dos estudantes espanhóis em relação a alunos estrangeiros. Baseado numa pesquisa feita com 23.100 estudantes e seis mil professores do Ensino Fundamental de 300 colégios, a conclusão é de que os alunos espanhóis são pouco tolerantes para com os imigrantes. Quase a metade dos consultados, 46%, diz que prefere não fazer trabalhos escolares com companheiros latino-americanos.

Fonte:  O Diário

Moradores de favela da Argentina criam emissora de TV


Um grupo de moradores da Villa 31, favela localizada no centro de Buenos Aires, Argentina, criou um canal de TV para mostrar os problemas e as necessidades enfrentadas no bairro. O Mundo Villa TV é financiado pela organização não-governamental SOS Discriminação, que apoia outras emissoras comunitárias na Bolívia, Peru e Paraguai.
De acordo com informações da agência EFE, o Mundo Villa TV chega a 1,5 mil famílias da favela, e na estreia, denunciou problemas enfrentados pelos moradores, como falta de energia elétrica e água potável. Além disso, o canal terá um programa voltado para o público jovem, que falará sobre moda.
O diretor do canal e presidente da SOS Discriminação, Víctor Ramos, informou que o bairro há 25 anos abriga cursos de jornalismo, ministrados por estudantes de várias universidades argentinas.
Ainda sem permissão oficial para funcionar, o Mundo Villa TV conta com estúdios e equipes próprias, que produzem o conteúdo do canal, filmes e documentários. A produção das atrações também é feita por jovens do bairro Bajo Flores, que também recebem o sinal de transmissão da emissora.
Ramos declarou, ainda, que pretende se reunir com o jornalista argentino Dante Quinterno, criador da TV ROC da favela da Rocinha (RJ), com a intenção de criar "uma rede de canais de favelas latino-americanas".

China: Sida - Primeira queixa judicial por discriminação

Pequim, 31 ago (Lusa) -- Pela primeira vez, um tribunal da China vai apreciar a queixa de um homem seropositivo que diz ter sido discriminado quando concorreu a um emprego, disse hoje a imprensa oficial.
A queixa é feita contra o Departamento de Educação da cidade de Anqing, na província de Anhui, leste da China, e foi aceite segunda-feira pelo tribunal local, adiantou o jornal China Daily.
O queixoso, um jovem recém licenciado, afirma ter sido preterido num concurso para admissão de professores depois de um exame médico ter revelado que ele era seropositivo.